terça-feira, 19 de outubro de 2010

Não tenho nada a ver com explosões”,


...diz um verso de Sylvia Plath. Eu li como se tivesse sido escrito por mim. Também não faço muito barulho, ainda que seja no silêncio que nos arrebentamos.

Tampouco tenho a ver com o espaço sideral, com galáxias ou mesmo com estrelas. Preciso estar firmemente pousada sobre algo — ou alguém. Abraços me seguram. E eu me agarro. Tenho medo da falta de gravidadek3 : solta demais me perco, não vôo senão em sonhos. (mas as vezes vôo acordada msm k3 )

Não tenho nada a ver com o mato, com o meio da selva, com raízes que brotam do chão e me fazem tropeçar, cair com o rosto sobre folhas e gravetos feito uma fugitiva dos contos de fada, a saia rasgando pelo caminho, a sensação de ser perseguida. Não tenho nada a ver com cipós, troncos, ruídos que não sei de onde vêm e o que me dizem. (Oodeiio ensetos ) Não me sinto à vontade onde o sol tem dificuldade de entrar. Prefiro praia, campo aberto, horizonte, espaço pra correr em linha reta. Ou para permanecer sem susto.

Não tenho nada a ver com boate,e com juventude perdida ,com o som alto impedindo a voz, tah certo adooooro dança, musicas e ritmos, mas não tenho nada a ver com o ajuntamento que é pura distância, as horas mortas desgastando o rosto, a falsa alegria dos ausentes de si mesmos.

Não tenho nada a ver com o que é dos outros, sejam roupas, gostos, opiniões ou irmãos, não me escalo para histórias que não são minhas, não me envolvo com o que não me envolve,procuro ao maximo cuidar da minha propria vida, não tomo emprestado nem me empresto. Se é caso sério eu me dôo e adooro ajudar que precisa, se é bobagem eu me abstenho, tenho vida própria e suficiente pra lidar, sobra pouco de mim para intromissões no que me é ainda mais estranho do que eu mesma.

Não tenho nada a ver com cenas de comerciais de TV, sou um filme japones, uma comédia britânica, um erro adaptavel, um personagem que esquece a fala, nada possuo de floral ou carnaval, não aprendi a ser festiva, sou apenas fácil, tenho um riso fácil e to tentando fazer a diferença em um mundo dificil .

Hoje percebo que não tenho nada a ver com igrejas, rezas e penitências,acretido em tuudo,mas quem me dah forças e minha fortaleza é Deus não igreja, vou todo fim de semana (rotinaa ),mas pra falar a verdade são raros os padres com firmeza no tom, é sempre uma fragilidade oral, um pedido de desculpas em nome de todos, frases que só parecem ter vogais, nosso sentimento de culpa recolhido como um dízimo. Nada tenho a ver com não gostar de mim. Me aceito impura, me gosto com pecados,( aaaah pecados *-* )e há pouco tempo me perdoei.

Não tenho nada a ver com galáxia, mato, boate, a vida dos outros, os comerciais de TV e igrejas.

Meu mundo se resume a palavras que me perfuram, a canções que me comovem, a amores que já nem lembro,a paixão que me consomem a perguntas sem respostas, a respostas que não me servem, à constante perseguição do que ainda não sei. Meu mundo se resume ao encontro do que é terra e fogo dentro de mim, onde não me enxergo, mas me sinto.

Minto, tenho tudo a ver com explosões, pois tem hora que não me cabo, e me enche a paciência certas cooisas e pessoas, as vezes não aguento taantas gente sem nenhum pingo de maturidade.

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