sexta-feira, 22 de julho de 2011

Alma de indefinição


Olho para o teto assim que acordo, e desse mesmo jeito permaneço por uns minutos. Penso tanto enquanto não penso em nada, penso em tudo.
Hoje pensei, novamente, em ser mulher. No tempo, nas coisas femininas da vida, nas fantasias, realizações e em tudo o mais que cerca esse universo contraditório em que nasci. Mas, olha, pensei muito individualmente.
Não me acho tão mulherzinha quanto deveria ser. Tenho momentos de cuidados, frescuras, altos e baixos e etc. Normal, todos têm, aliás. Para mim mulher não chega nem perto de ser isso.Mulher é o sexo forte, tem que ter toda aquela força de vontade, coragem de se abrir para o mundo, dar a cara a tapa e dizer que nasceu daquele jeito sim e que quer continuar desse jeito sim, porque homens não são naada sem a gente . E foi assim que acordei hoje.
Faz um tempo que olho um pouco mais pra mim. Aprendi uma lição que vinham tentando me empurrar goela abaixo desde que nasci, mas só consegui agora, sozinha. Aprendi a me aceitar. Preciso deixar claro que não se trata de se olhar no espelho e se achar a mais nova maravilha do universo. Não. É coisa de conhecer os mínimos detalhes da sua própria PERSONALIDADE e perceber como lidar com eles. Pode ser que seja mais um momento desses que ninguém quer que passe, e deve ser mesmo. Mas só eu sei o quanto estava precisando de um choque desses.
Podem dizer que é narcisismo, egoísmo, ismo e sei lá o quê mais. Passo longe! Continuo tendo problemas com a auto-estima, ainda não sei reagir a elogios e prefiro ficar calada quando sou pauta em alguma conversa. Quando se passa a prestar atenção nas próprias atitudes, é fácil perceber mais à fundo as relações ao seu redor. E foi essa uma das minhas maiores descobertas.
Não que tudo vá mudar depois de uma análise profundo do meu ego. Não, nem pretendo. Mas é preciso aprender, aceitar, moldar. Tudo é uma questão de tempo. E tem a adaptação, também. Às vezes as mudanças ocorrem sem nem dar tempo de piscar os olhos, por isso valorizo cada segundo desta experiência. Tudo o que aprender agora vai servir de alento. Afinal, indecisa e com alma de indefinição, tudo o que preciso é me manter constante e cantraste.

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